Paróquia

Está na memória do nosso povo o fato de que, por volta de 1840, no povoado chamado Barro Preto, vivia um casal de lavradores: Constantino Xavier e Ana Rosa. Um dia, trabalhando em suas terras, encontraram um medalhão de barro, de aproximadamente 8 cm. Nesse medalhão de barro estava gravada a imagem da Santíssima Trindade coroando a Virgem Maria. Respeitosamente beijaram aquela medalha e a levaram para casa.




Nos finais de semana os vizinhos se reuniam na casa do sr. Constantino Xavier para a reza do terço diante da medalha. E, o Pai Eterno, compassivo e misericordioso que é, ouvia as orações. Começaram a suceder numerosos prodígios, graças, milagres e a fama espalhou-se por toda redondeza.




Em 1842, Constantino levou a medalha a Pirenópolis, para que o célebre artista goiano José Joaquim da Veiga Vale, a retocasse. O escultor, porém, resolveu esculpir em madeira a imagem que estava representada na medalha, para que ficasse mais visível.




Conta a historia que quando Constantino Xavier foi a Pirenópolis buscar a imagem, seu dinheiro não foi suficiente para pagar o trabalho do artista, então ele vendeu o cavalo pagou o trabalho e voltou a pé. O povo foi em massa para a entrada do arraial para acolher a nova imagem, e saudar aquele devoto que manifestara tanto amor ao Pai Eterno.




No ano seguinte. 1843 Constantino, auxiliado pelos devotos construiu uma pequena capela coberta de folhas de buriti, (no mesmo local da matriz de hoje) transportando para ali a imagem venerada de sua casa. Em 1854, com o aumento das romarias, Constantino construiu uma capela maior, e nesse mesmo ano veio a falecer.




Em 1876, foi iniciada a construção de outra capela maior, coberta de telhas, inaugurada em 1878.
Em 1894, chegaram da Alemanha os primeiros missionários redentoristas que vieram para “cristianizar” a romaria e atender a multidão de romeiros vindos de diversos lugares.




Em 1910, o Padre Antão Jorge Heckembleikner aumentou o número de missas e solenidades na igreja do Barro Preto. Solicitou ajuda para reconstrução do Santuário e o início das obras teve princípio em 1911, ficando pronta em 12 de julho de 1912, quando foi rezada a missa solene.




Em 1912, já estava concluído o Santuário do Divino Pai Eterno, no centro da cidade. A pedido do Bispo de Goiás, Dom Eduardo Duarte Silva, vieram da Alemanha os Missionários Redentoristas para “cristianizarem as romarias de Trindade”. Chegaram a então Campininhas, no dia 12 de dezembro de 1894. O célebre ficou o Pe. Pelágio Sauter que passou muitos anos em Trindade, atendendo os romeiros. Morreu em 23 de novembro de 1961, com 81 anos de idade.




O processo de construção do Santuário novo (Hoje Basílica do Divino Pai Eterno, mundialmente conhecida) foi iniciado em 1911. Em 1943 foi “benzida” a primeira pedra do novo Santuário, no alto da Cruz das Almas, pelo Arcebispo Dom Emanuel Gomes de Oliveira. Depois a construção continuou com Dom Fernando Gomes dos Santos. Em 1974, realizou-se pela primeira vez a Novena dentro do Santuário Novo.




A Igreja Matriz, é mais conhecida como “Santuário Velho do Divino Pai Eterno”, possue o titulo de “Patrimônio Histórico” para isso, fez-se necessário uma ampla reforma em um minucioso processo de “restauração” e assim, assumiu características do projeto original.




No ano de 2008 o novo Pároco; Pe. Marco Aurélio, continuou o processo de reforma e desta fez restaurando a parte interna (sacristia). Planeja-se ainda uma reforma geral no telhado que já apresenta sinais de precariedade. É um processo lento, pois necessita de consulta junto aos órgãos do governo que são responsáveis pela preservação de prédios e casas que recebem esse título de Patrimônio Histórico.






O Santuário Matriz de Trindade é um lugar especial para você fazer uma profunda experiência de Deus. Nesse Santuário, Deus se revela Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo. Um só Deus em pessoas três, de comunhão e amor.

(Nubiane coordenadora da Comunidade Abba - Pai, Pe. Marco Aurélio pároco da Matriz e Paulo Afonso academico de Jornalismo e Membro da Coordenação da PJ)